quinta-feira, 16 de abril de 2015

cobras

Certa noite, avistei de relance algo no chão que se assemelhava a um galho, só que suspeitei que era outra coisa e fui lá conferir: era uma cobra, tipo uma coral. Cara, tive imenso susto, com meu filho na época com três anos, por aí. A cobra foi se escondendo dentro de um tapete que estava estendido no chão ao lado, meio que enrolado, aliás. Infelizmente, tive que matá-la. Peguei uma vassoura e esmaguei a cabeça dela antes que se escondesse no tapete. Imagina o perigo! No dia seguinte, levei meu filho lá do lado e mostrei para ele, não sei porque, mas fiz questão de mostrá-lo a cobra. Parece uma falsa-coral, listrada de preto, vermelho e amarelo.

Outra dia, mais recentemente, fui visitar uma tia minha que reside em um sítio em Marechal Floriano, lugar exuberante pela mata atlântica de cerro modo preservada. Eis que descíamos, minha esposa com o Heitor e o Thales comigo de mãos dadas, por um caminho que leva a santinha que tem perto do lago, na beira da mata. Por coincidência, eu acabava de avisar ao meu filho sobre o modo como deve
mos andar na mata, pisando forte e vagarosa mente, para avisar às cobras que estamos por ali e dar tempo de ela se afastar. Aí minha esposa exclama em surpresa a presença de uma cobra ali, eu de imediato tento pegar celular do bolso da bermuda para tirar a foto, mesmo sem ter visto a cobra de início. Na verdade, nesse momento o Heitor já estava no meu colo, pois eu lembro que com uma mão eu o segurava, e com a outra buscava o celular no bolso. Alguns segundos depois, vi uma cobrinha - que parecia ser filhote de jararaca se afastando e adentrando a mata. Dizem que elas são as mais venenosas. Nossa, que perigo corremos! Estou sendo irônico e ao mesmo tempo não.

De fato, a mãe dessa cobra teria todos os motivos do mundo para dar vassouradas fortes em minha cabeça até me matar, pois eu era um intruso na casa dela e poderia apresentar risco para seu filhote.

De fato, o que eu sinto pela natureza, pelos animais, pelo mar, enfim, pela existência da natureza, me impediriam de matá-lá ali, obviamente, haja visto que meu impulso foi o de tirar uma foto.


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