quinta-feira, 30 de julho de 2015

Profissional da bateria




Esses dias havia um rato no motor. Aí, mais recentemente, por dois dias seguidos, ao ligar o carro, ouvi um barulho no motor, como se tivesse um pedaço de plástico agarrado: "flap flap flap flap", mas depois parou. Só que, quando estávamos na br 101 rumo ao dentista na reta da penha, ouvimos um ruído a cada vez que eu passava da quarta marcha para a quinta, e que sumia quando coloquei no ponto morto.

Parei na primeira borracharia que encontrei, os caras foram super solidários, inclusive, elevaram o carro naquelas máquinas para que a gente pudesse avaliar. Não encontramos nada, um cliente lá disse que poderia ser falta de óleo na correia. Outra possibilidade levantada foi a falta de óleo no câmbio, na hora de passar marcha. Deixei cinco reais com o borracheiro. Seguimos para o dentista. Percebemos que a bateria estava vazando um fluido branco, e poderia ser porque já estava no final, visto que eu nunca a havia trocado.

Liguei para uma loja de bateria de jardim limoeiro. Acabou saindo 200 no cartão, parcelado. Bem, o profissional veio, mexeu, olhou o motor, ligamos o carro, pisamos várias vezes na embreagem, enfim, papo vai, papo vem, e então ele pergunta e exclama ao mesmo tempo: você é professor?!. Eu digo que sim e ele fica surpreso (!?). E aí me pergunta se eu sou favorável à legalização da maconha (!!!). Eu falo da Karam, do trabalho dela e do que ela pensa. Depois digo que metade dos EUA já legalizou. O Uruguai legalizou. O Chile vai pelo mesmo caminho.
Ele fica quieto.
Não consegui decifrar seu semblante (!!!???).

Depois contou a história do sobrinho dele, a qual não entrarei em detalhes, mas é uma realidade tensa, dura. Mas é a realidade.

Enfim.

Concordamos, finalmente, que o contexto em que uma pessoa é criada  tem um poder muito maior sobre a vida dessa pessoa do que o mero uso de uma substância.

Eu professor, e ele, profissional da bateria.

domingo, 26 de julho de 2015

Barro no ouvido

A professora de uma turma de crianças de seis anos ensina que não existe fada do dente. Mas, antes de entrar na sala, a escola toda a reza o pai nosso. Ou existe ou não existe, decidam-se.


sábado, 25 de julho de 2015

Renascer em Fristo



Ontem estava na calçada de uma padaria esperando um móvel chegar. Em determinado momento, um jovem aparece vendendo biscoitos, com camisa e crachá dessas casas de recuperação para ex drogados. Disse que não poderia ajudá-lo comprando, mas em seguida perguntei sobre essa casa de recuperação. Me contou sua história: disse que chegou a vender buchas e apanhou de uns caras, inclusive me mostrou as cicatrizes na cabeça. Aproveitei para perguntar suas opiniões sobre assuntos que me interesso, como a redução de danos. Perguntei se uma pessoa poderia continuar a usar drogas e fazer o "tratamento" para parar, e ele disse com veemência que não, em seguida trazendo o discurso religioso, que deus isso, deus aquilo. Ele tinha todo aquele discurso religioso, mas às vezes fazia certo sentido. As vezes isso me assustava, mas eu notava que fazia sentido para ele. Percebi que ele ficava mexendo com a boca, como se estivesse com boca seca. Lá pelas tantas expliquei que não compraria seus biscoitos porque estava sem dinheiro no momento, mas poderia lhe oferecer uma garrafa de água e biscoito (!) da padaria, depois eu daria um jeito para pagar. Ele aceitou. Foi escolher o biscoito enquanto eu aguardava; voltou para me perguntar se poderia escolher um de quatro reais e eu confirmei. Quando fui pagar, ele havia escolhido, além dos biscoitos, dois daqueles preparos para mistura de suco artificial, da marca "tang" e "Dona Wilma", algo assim, mas daqueles bem cheios de aditivos. Imaginei que ele pensou coletivamente, isto é, ia levar o suco para o centro de recuperação. Enfim, gastei dez reais nessa brincadeira, coincidentemente o preço do pacote com três pacotinhos de biscoito. Ele me contou muita coisa interessante, das quais fica impossível relatar aqui. Uma delas é que estava fazendo um propósito, diante da minha pergunta se ele iria almoçar, e assim justificando que não almoçaria, só comeria às sete da noite. Expliquei que isso poderia lhe causar algum problema a longo prazo. Eu perguntei se lá havia psicólogo, e ele respondeu que o psicólogo deles era "Deus". Em certo momento de seu relato, ele me disse que uma mulher passou por ele dizendo que aquilo tudo era uma farsa, aquela coisa de doce, e tal. Bem, não vou entrar em detalhes sobre as intenções do pastor e da missionária que comandam a casa de recuperação, porque não os conheço, quem quiser pode entrar no site e conhecer, como eu fiz. Depois fiquei pensando se ele não havia inventado toda aquela história triste para tirar algum dinheiro das pessoas. Bem, por fim, concluí: quem dera ele fosse um farsante, mas tudo o que ouvi era a realidade.

Na contradição, aonde o estado falha cresce a bactéria que suga e alimenta.

 http://www.renascerong.com.br/historia.html

segunda-feira, 13 de julho de 2015

todas as divindades

me protejam

pfv

o problema é o seguinte discurso:

eles brigam muito
assim, isso tá sendo ruim para as crianças
essa exposição à estas brigas está lhes causando mal
então o melhor para todo mundo é separar

entendeu

sábado, 4 de julho de 2015

Seara


Resultado de imagem para imagens feijoada searaSei lá quem é dono de quê: Perdigão, Sadia, Seara. Acho que a Sadia comprou a Perdigão. Enfim, é tudo de uma empresalhada só, farinha do mesmo saco, feijoada do mesmo paio, não valem nada. Ou seja, assim como (não como) esse produto que eles fazem, eles não valem nada.

A Seara é a empresa que a Fátima Bernardes da Globo está fazendo merchan. Ela e a própria Globo. O fato é que a Sadia sempre foi a top, a mais vendida e provavelmente a menos pior, na qualidade e no sabor, dessas indústrias de embutidos. Aí a Seara vem di bicho nesse merchan pesado. Só que não melhoram a qualidade. Isso, investem milhões em merchandsing mas não investem em melhorar a qualidade.

Eis que é justamente essa a alma do empresário: investir muito em imagem, fazendo seu produto parecer o que não é,  do que aprimorar pura e simplesmente a qualidade de seu produto. Aliás, na própria propaganda da Seara em que a Fátima aparece com uma "feijoada", aquele paio mesmo não parece nada apetitoso. Bem, primeiro, feijão com paio não é e nunca será uma feijoada. Segundo, pensam e investem na imagem, mas na própria imagem a gente vê que aquela "feijoada" não parece boa.

Isso porque o slogan é "a qualidade vai te surpreender".

Aliás, duvido que a Fátima coma essas porcarias da Seara.



Levante

 Na sua palavra eu cuspo o A é minha Lei