domingo, 18 de agosto de 2019

Leite

E se um dia você pudesse compreender
as linhas tortas que escrevo pra você

talvez em pense que possa consertar

o leite derramou sem ninguém para limpar

a brasa

tudo que começa tem um um lugar pra ficar, um lugar pra estar
e tanta pressa às vezes não ajuda chegar

tudo que termina tem uma razão pra cessar, a brasa se finda
para que uma nova luz apareça

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Deborah Duprat

https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2019/05/procuradora-deborah-duprat-estamos-num-momento-perigoso-da-nossa-historia/

Escuro

Penumbra
Sombra

A gente não consegue enxergar
O melhor era ter ficado parado até a luz voltar
Mas a gente não cessa
A gente vai, mesmo sem ver nada
Mesmo com medo
Mesmo quase que caindo
Se cortando
Ameaçando às cegas por desventura
Mas por ventura tudo se encaminha
E a luz nasce
Mas logo
Logo logo
Retorna a sombra
Pelo menos na nossa vida terrena

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Fale

Fale fale com a gente
Fale, quase de repente

Leve, leva prá frente
Força, faça divergente

Que a gente te mostra
Como pensar diferente

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Várias fitas

vários embates

 

sempre testando

a consciência

 

pela consciência da curva


Invenção da tarde - manel cruz

https://genius.com/Manel-cruz-invencao-da-tarde-lyrics


O amor dá medo quando o temos
Como se a paz nos apagasse
A criança que em nós não cresce
A bola partindo o vidro
Somos nós boicotando o plano que traçámos convencidos
E dizemos que “É a vida”
Porque a voz vive calada

Mas decidida ou cansada
É como água nas frinchas
Crescer é passar o tempo
E ver o que sempre fomos
Na gestão da liberdade
Só a forma como a vemos é uma escolha consequente
Porque toda a criança sabe
A justiça é como a sorte
E o tempo é moeda forte
Toda a criança aprende

Tudo o que sempre soubemos
Vai-nos sendo revelado
É o que vamos aprendendo
Ver para crer é o nosso fado
Que ao chegar a tempestade
Pelo vento semeado
Seja chuva no telhado
Seja chuva no telhado


O amor é louco quando o vemos
Como se o medo nos parasse
A criança que em nós se afunda
O homem por trás do vidro
Somos nós repensando o plano que roubámos aos sentidos
E dizemos que é da sorte
Porque a vida está cansada
Mas ninguém vive para nada por mais entregue ao vazio
A guerra destrói a estrada
Mas nada se faz sem luta
Não há paz de mão beijada
Não há paz de mão beijada

E é na forma como queremos
Que criamos esse espaço
Onde toda a vontade cabe
A preguiça não tem pecado
E a culpa não e o arado de que a plantação depende

Tudo o que sempre quisemos
Vai nos pondo a nós de lado
É o que vamos pondo fora que transforma o nosso espaço
E acordamos com a luz que emanámos no passado
Deu a luz do meu terraço
Deu a luz do meu terraço

Levante

 Na sua palavra eu cuspo o A é minha Lei