sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Aqui é Porto Canoa

Acabo de assistir a uma cena de linchamento ao vivo, e de camarote, pois aconteceu na calçada de minha casa. Estava em casa me preparando para iniciar os trabalhos no computador, quando ouço uma gritaria e a minha cachorra latino. Quando percebi que se tratava de coisa séria, fui correndo para fora, imaginando que haviam pegado um bandido e iriam matá-lo. Assim, já fui pensando em "não deixar matar" sejá lá quem quer que fosse. Ao chegar, dois vizinhos da rua, até de certa idade, imobilizando um cara - um homem branco, cabelos e olhos castanhos, na faixa dos 30 anos. Ao seu lado, a tv de não sei quantas polegadas, dessas grandes que você deve ter aí na sala da sua casa e eu ainda não possuo. Enfim, pude inclusive ouvir o (que seria) dono da casa roubada perguntando, e o bandido afirmando que entrou pelo portão e que o cadeado estava aberto. Disse também que morava em Serra Dourada. Não sei se é realmente verdade, pode estar mentindo. Bem, para meu total espanto, minha esposa inclusive afirmou que viu esse homem logo pela manhã passando pela rua, quando ela levou o restante do lixo, às 07:00 horas, e o fato relatado aconteceu às 13 horas. Alguns dos curiosos que se aproximaram chegaram a comentar que ele estaria vigiando a casa. Bandido safo. Bem, apesar de minha ideia de preservar pela vida, na prática não é tão fácil assim. Assisti a algumas agressões. E às vezes, tinha que não fazer nada, porque não havia nada parta ser feito, simplesmente os caras deram umas boas porradas no bandido. O cara às vezes parecia tremer, mas aguentava de boa. Isso tem que ser destacado. Teve uma hora que eu esbocei uma reação quando o agrediam de forma mais brusca, no sentido de "calma, tá bom", e um  dos homens que o batia chegou a olhar para mim, mas não falou nada. O que não aconteceu depois, quando novamente o bateram por diversas vezes em sessão e uma mulher falou para pararem, e então esse homem que batia retrucou enfurecido, tipo, "ah, não é para ater não, então tá", e então dava mais uns cascudos em fortes. Em certo momento, achei que um senhor o batia com uma pedra, mas foi "apenas" com os punhos mesmo. Ás vezes com capacete. Em um momento, o bandido - que se encontrava sentado na calçada de minha casa, seguro por dois homens - tentou levantar. Aí eu disse para ele: "calma aí, cara, fica aí, fica ía velho", algo assim, mas então ele olhou para mim e ficou olhando um tempo... alguns segundos que pareciam uma eternidade. Parece que ele queria falar algo, mas sinceramente não saquei a dele. Minha intervenção foi no sentido de que, ele ficando quieto, seria preservado. De fato, estava difícil para segurá-lo, imagine a situação. Nessa hora, torcia para a polícia chegar. Chegou um jovem, aparentemente habitante da casa roubada, querendo matar o cara, nervosasso, com capacete na mão. A cara dele mostrava que ele estava disposto a matar o cara. Os coroas que o seguravam afirmaram para o jovem que ele já havia apanhado. Só que não. Mas isso segurou o moleque, que foi até a casa, pois havia uma menina lá. Ele virou pro cara e perguntou se ele havia feito algo com a menina. ele logo afirmou que não, que não mexeu com ninguém. De fato, o jovem retornou logo depois, ainda bem nervoso, mas aparentemente a menina estava bem. Em determinado momento, o coroa que o segurou a maior parte do tempo, e acho que o que mais o bateu, junto com o dono da casa roubada, disse para ele que ali só tem trabalhador, e perguntou: "por que você não rouba um banco". Apareceu um jovem estilo malandrinho, ficou olhando pro cara... aí olhou para ele, bem nos olhos dele e disse: "você roubou no lugar errado... você roubou no lugar errado... aqui é porto canoa, rapaz". Bem, depois decidiram levar o cara para a esquina, deram mais algumas porradas, a gente já torcendo para a polícia chegar, pois se demorasse, a galera ia acabar matando. Isso porque o cara roubou uma tv, desarmado. Isso é controle social com pena de morte para o que rompe os códigos legislativos e, mais ainda, os, códigos morais, instituídos por aí.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

A pátria e seus filhos

Li agora que o Collor xingou o procurador-geral da república, o Janot, de filho da puta ontem no Senado.

O pior não é isso, o pior vai ser aqueles colunistas (pseudo)intelectuais aprofundando a discussão sobre a expressão, lançando teorias e teorias sobre as putas e seus filhos.

Levante

 Na sua palavra eu cuspo o A é minha Lei