quarta-feira, 25 de março de 2015

eternidade de fúria

estava eu voltando de vitória, ruma a serra, para almoçar em casa e levar os meninos para escola. eis que um carro, tipo um tucson ou algo assim, começa a piscar o farol para querer passar, só que havia uma fila de carros na frente e ao lado uma moto, do tipo, eu teria que forçar a barra para sair da frente dos caras. porra, não tinha como, não ia frear e fazer esforço para tomar a pista da esquerda, com automóveis lá, só para um filho de uma puta do caralho passar e tomar alguns metros, pois na frente haviam vários carros, como citei. Cara, não dei vez, os caras ficaram loucos atrás, gesticulando e piscando o farol e se aproximando de mim. me preparei, do tipo: eles vão bater em mim só de propósito, aí ia dar merda, pois eu estava nervosasso. foda-se, eu ia arrebentar geral, ou me foder de vez. é estranho escrever isso, mas foi o que rolou, sorte que não deu nada, dessa vez. foda né, saber que pode ter a próxima, tenho que me controlar rsrs





fú.ria
sf (lat furia) 1 Acesso de furor. 2 Cólera, ira, raiva. 3 Coragem. 4 Ímpeto. 5 Entusiasmo, inspiração, estro. 6 Precipitação de procedimento. 7 Exaltação de ânimo. 8 Pessoa furiosa. 9 Cir Mulher desgrenhada, mal posta, feia. sf pl Divindades (Alecto, Megera, Tisífone) que, no Averno, atormentavam os condenados.

sábado, 7 de março de 2015

fotos no parque da cidade









Quem não tem cão caça com gato

Certo dia, caminhava pele calçadão da praia de Camburi. Eu já estava com certa intuição sobre algo, e eis que chega um homem - tipo aqueles andarilhos - carregando uma bolsa, falando palavras que eu não pude compreender. Como estava com meus filhos, fiquei em alerta, até porque, não estava trabalhando. Ele se aproximou e continuou a dizer coisas que eu não entendia, até que ele começou a falar mal da presidenta Dilma, entre outras coisas que eu continuava sem entender. Ficamos parados, como estávamos quando ele chegou, e ele continuou andando e falando da presidenta e de outras coisas, se afastando, para o meu alívio. Depois que ele se distanciou bem, decidimos retornar, mas na direção que o homem havia tomado, pois aquele era nosso rumo. Aí, mas prá frente, eis que surge novamente esse homem, mas dessa vez, falou pouco e eu pude compreender muito bem suas palavras: "Quem não tem cão faz o quê? Quem não tem cão faz o quê? Caça com gato!".

Mas quem não tem nem gato faz o quê?

segunda-feira, 2 de março de 2015

Pedaço de papel

Minha tarefa, profissionalmente falando, é humanizar a loucura.
Tornar a loucura humana.
Restituir a humanidade do louco.
Eu comprei a briga, e foda-se o dinheiro.


domingo, 1 de março de 2015

Época de merda

Alguns professores possuem o costume costume de pedir aos alunos o texto "por escrito". Só que, não é mais "por escrito", professor, é "impresso".

Estamos assistindo ao processo em que a "tecnologia" (notebook, tablet e celular) substitui o caderno e a caneta. Para dar um exemplo, em uma aula na pós-graduação, há uns cinco anos atrás, existiam quinze alunos na turma assistindo aula, e doze deles estavam com o notebook ligado enquanto o professor falava. Outros dois, nem note nem caderno, e eu com o caderno, solitário.

Fico aqui me perguntando se já é uma batalha perdida para esses "novos tempos", ou se ainda haverá espaço para quem escreve e para o que é escrito à mão, "escrito à luz de velas, quase na escuridão, longe da multidão".

Levante

 Na sua palavra eu cuspo o A é minha Lei