domingo, 24 de outubro de 2010

Aventureiros de merda




Num desses filmes americanos bestas vejo um casal cujo carro quebrou durante a viagem. Ficaram no meio do nada com o carro quebrado, e encontraram uma daquelas oficinas mecânicas bem tradicionais em que o borracheiro se encontra todo sujo, sem um dos dentes e fumando aquele cigarrinho, o qual sequer o tira da boca.

Me lembrei que recentemente ficamos em situação semelhante quando estávamos a cerca de 1000 km de casa e o carro foi guinchado para um pátio do DER. Assim, o processo de retirada incluiu:

- aquisicionar o documento em Vitória/ES;

- enviar este mesmo para o pátio onde estava o carro, em Jacareí/SP, juntamente com uma procuração, visto que o carro está em nome do meu pai;
- apresentar a documentação no pátio;

- pegar os boletos bancários e ir até uma agência do Bradesco no centro para quitar os débitos; retornar ao pátio e enfim retirar o veículo.

Isso durou cerca de quatro dias.

Durante isso, hospedamo-nos em uma pousada (seria melhor dizer pensão - que também funciona como espaço para eventos) atrás de um posto de gasolina e também de uma espécie de oficinas e loja de peças para caminhões. Na beira da Via Dutra.

Isso me faz pensar que existem oportunidades de trabalho até sobre essas pessoas que encontram certo tipo de desavenças na estrada, como furar um pneu - sempre tem uma borracharia precária mas tem que cobrará três vezes mais mas que irá dar uma ajuda até o destino final.

Sempre tem um restaurante porco para te servir.

Sempre tem uma pousada suja ou com banheiro cheirando a bosta.

Assim como as moscas que sobrevoam sobre as fezes do cachorro, dando preferência àquelas com vermes mais frescos.

Para essas moscas, "o melhor" é uma bela merda fedorenta fresquinha e com vermes ainda cambaleantes.

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