sexta-feira, 27 de maio de 2016

Eu voltarei

Há alguns meses assistia ao noticiário local na TV e, ao vivo, transmitiam um jovem artista sertanejo a cantar uma música sobre suas relações com uma "novinha".

Por curiosidade, coloquei agora no google as palavras "novinha" e "letras", e os cinco primeiros resultados se referem à artistas, dos quais três são do gênero "funk carioca", e falam de relações amorosas com a "novinha".

Foram trinta, mas poderiam ter sido outros trinta diferentes destes.

Acho que vamos além de uma "cultura do estupro". Tratamos de uma cultura onde não há compreensão, em que o outro fala e eu não ouço. Em que o outro ostenta seu relógio de ouro por ter trabalhado durante dez anos como comerciante, e o outro não consegue adquirir porra nenhuma mesmo após décadas de trabalho pesado e intenso.

Uma cultura do egoísmo, sei lá, mas uma cultura podre e que precisa ser ultrapassada, superada, sei lá, por uma nova compreensão.

Por novas músicas no noticiário do meio dia.

Por uma nova cultura.

Por um novo amor.

Nenhum comentário:

Pegar uma cachow

Projeto Caparaó   Rural – “sem rede?” Ações de saúde mental no campo das políticas de álcool e outras drogas LEI 10.216/2001 LEI...