sábado, 13 de agosto de 2011

Vontade de doença


Em que medida - sempre há de existir uma - em que medida a gente não dispões, em determinaod moneto de nossa vida, de uma vontade de doença.

Não considero o mesmo que pulsão de morte da psicanálise, nem esse discurso que gira em torno da autodestruição, etc.

Não é nada disso. É uma vontade que dá na gente de cair e permanecer doente por algum período.

Seria equivocado entrar numa discussão sobre causas, uma vez que são processos que se desenvolvem a partir e nas relações, humanas e do homem com qualquer outra configuração da realidade.

Ou poderia ser causada por uma série de situações de vida, que culminaria nessa espécie de estratégia de defesa, de fortalecimento, de sair-se vivo da guerra, mesmo tendo perdido a batalha.

Seria, pois, um tipo de fatalismo russo, de Nietzsche?

"Estar doente é em si uma forma de ressentimento. - Contra isso o doente tem apenas um grande remédio - eu o chamo de fatalismo russo, aquele fatalismo sem revolta, com o qual o soldado russo para quem a campanha torna-se muito dura finalmente deita-se na neve. Absolutamente nada mais em si aceitar, acolher, engolir - não mais reagir absolutamente..."

e continua:

"A grande sensatez desse fatalismo, que nem sempre é apenas coragem para a morte, mas conservação da vida nas circunstâncias vitais mais perigosas, é a diminuição do metabolismo, seu retardamento, uma espécie de vontade de hibernação".

Pronto, call me Bear. Grylls.

Nenhum comentário:

Pegar uma cachow

Projeto Caparaó   Rural – “sem rede?” Ações de saúde mental no campo das políticas de álcool e outras drogas LEI 10.216/2001 LEI...