segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Assembléia de Deus

Caminhando pelo bairro, ouço um carro de som convidando as pessoas para frequentar uma denominação religiosa, alguma coisa de Deus ou Deus alguma coisa. Bem, convocava vários tipos de pessoas que passam por situações adversas, como depressão, vícios, entre outros para ir à esta congregação.

Contudo, entre estes, convidada "você que ouve vozes".

Deduzo que é para quem ouça vozes que não existem de fato, vozes dentro de sua cabeça quando não há nenhum interlocutor. Nesse caso, isso pode se tratar de um "transtorno mental" como uma "esquizofrenia"; ou, em outras palavras, uma psicose, o qual o Ministério da Saúde​ estabelece o cuidado por uma equipe profissional com inserção e acesso à rede de atenção psicossocial.

Interessante observar que esse tipo de demanda geralmente sofre processos de resistência social e exclusão, isto é, as pessoas consideradas loucas são comumente afastadas do convívio social, mas, nesse caso, a igreja convocava-os parra participarem.

Não quero discutir aqui os propósitos de nenhuma religião ao obstinarem-se a convidar as pessoas, mas a religião, ou melhor, a inserção e participação dessa "pessoa que ouve vozes" na igreja, principalmente aquela que frequentava apenas serviços psiquiátricos, pode ser considerada como dispositivo nesse cuidado extra-hospitalar.

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