quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A médica cara de madeira

Consulta médica em certa maternidade em Vitória, fazer o exame do olhino no meu filho recém nascido. A médica, antes de inciar os atendimentos, reúne os poucos pais ali presentes, havia umas sete famílias, orientando que, antes de serem chamados e entrarem no consultório - que deveria ficar escuro para o exame, era importante que os pais acalmassem os bebês, deixando-os desestressados, dando de mamá, acalmando, essas coisas.

Primeira questão: que pai que uma hora ou outra, iria deixar de fazer isso? Quem diabos, dona médica, vai deixar o pobre coitado do garotinho que acabou de nascer, estressado, cabruco?

Tá. Todos os seis pais entraram e saíram, parace que sem nenhum problema. Éramos os sétimos, e havia chegado nossa vez. Chegando lá, a médica orienta nosso posicionamento naquele consultoriozinho escuro: pede para que a mãe segurasse pela parte das pernas, e eu ficasse prendendo as mãos dele junto à cabecinha, enquanto ela abriria os olhinhos dele e realizaria o exame. Pelos menos, tentaria. Até fazer isso, demorou um bocao, mexeu nele prá lá e prá cá, e é claro que ele - um recém nascido, ora pois - ficou estressado.

Obviamente, a meu ver, mesmo com o exame tendo dado certo com os pais anteriores, imaginei, desde o início, que aquela porra não ia dar certo. Em vez dela chegar e fazer a droga do exame logo, ficou cheia de churumelas, uma frescurada intangível e obsoleta que, por fim, o moleque obviamente acordou, disparou a chorar, e nada de abrir os olhinos. Parece que fez de propósito.

Tentamos novamente, e nada. A profissional ainda nos questionou se a gente não havia ouvido suas recomendaçõe sinciais, se a gente não havia seguido seus passos para deixar o bebe desestressado. Ora pois.

Assim, ela nos orientou que marcássemos para um mês depois um novo exame.

Até parece, se houvesse algum compromisso com a saúde dele, certamente iria ser marcado para um dia ou outro depois, ou semana que vem, mas não, ela marcou, com a maior cara de todas as madeiras das florestas que ainda permanecem, a consulta para o mês que vem.

Por causa do cartão unimed, que só passaria de novo, um mês depois.

É lógico que não voltamos para repetir a presepada prosopopeia.

O exame foi realizado, alguns dias depois, pela pediatra dele, tranquilamente em seu consultório, sem nenhuma daquelas coisas que a outra fez, para dar errado do exame.

Ressalto que, a família que foi atendida depois de nós, também não conseguiu realizar o exame. Vejamos a média: de oito exames, dois são repetidos.

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