quarta-feira, 15 de agosto de 2018

RAPS

Gente, cá entre nós, não compartilhem essas informações.

Eu assisti a uma audiência pública (não foi essa não, essa não pude ver) em que o Elias Nunes, da Febract, falou no microfone. Apesar de defender as CTs, ele tem razão em vários pontos, sendo que um deles é a insuficiência de rede de saúde mental estadual.

Ele esteve na última reunião do Coesad e me ouviu lendo o relatório sobre a visita à uma comunidade terapêutica em Serra, ES, mas na ocasião ele não disse nada, só a cara de espanto mesmo.

Acredito que esse relatório lido no Coesad tenha sido meio que revolucionário, um divisor de águas, haja visto que a partir dele a sociedade civil está se organizando para traçar estratégias de enfrentamento às instituições com posições contrárias ao SUS e Reforma Psiquiátrica, como a Polícia Federal e o Amor Exigente, além do Instituto Nova Aliança, aquele de Piúma que sozinho recebeu 30 milhões de reais em seis ou sete anos. Vale ressaltar que o representante da PF, que aparentemente se debruça sobre o assunto da "dependência química" há 20 anos, se levantou e abandonou a reunião logo após a leitura do nosso relatório.

Sobre a ata da reunião que vem em anexo, destaco como repugnante (não especificamente desta vez) as opiniões do Deputado Estadual Padre Honório, sempre utilizando visões de senso comum para tratar o assunto das drogas. E olha que ele é o presidente da comissão de política sobre drogas da Ales. Segundo o próprio Elias Nunes, em outra ocasião, esse deputado padre é dono de uma comunidade terapêutica, mas não falou o nome dela nem foi desmentido pelo deputado. Tenso.

Uma última ressalva: como eu disse na última reunião do Coesad, para que se desmonte a rede de CTs que vem se expandindo no Brasil e na América Latina, é preciso criar, ampliar e articular a contrapartida, ou seja, a Rede de Atenção Psicossocial nos municípios e localidades. Além disso, eu falei também que, para início de conversa, é preciso alterar a Lei 11.343/2006 que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas Sobre Drogas (Sisnad), especificamente no que tange a criminalização da produção, do comércio e do consumo de drogas.

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