No alto de um belo monte existia uma fonte. Muitos andarilhos e viajantes nômades passavam por ela - e contavam com ela - para se refrescar e continuar a viagem.
Certo dia, um destes andarilhos teve uma ideia: resolveu ficar por ali, e construíu uma cerca em volta da fonte, impossibilitando o acesso. Construíu ali também sua morada, e começou a constituir família.
Certa noite, um dos andarilhos viajantes que por ali passava, acostumado com a fonte, se intrigou com o acesso impedido pelas cercas. Mesmo assim, resolveu entrar, pois pensou, a fonte era pública. Encucado com as barreiras criadas para impedir que as pessoas tomem a água, ele ficou encantado com a ideia do primeiro viajante, de contruir ali uma habitação. Como não havia pensado nisso antes - disse ele - uma fonte bsó minha! Assim, matou o primeiro morador também toda a família, ficando assim com o terreno.
Considerando como valioso aquele pedaço de terra, passou a colocar duas cercas, e pôs também espinhos, para dificultar o acesso.
Como se sabe, nada disso adiantou, pois não existem barreiras que impeçam um viajante sedento, de beber água. Sempre vinha um, sobrepujava as barreiras e tomava o local. De tanto embate, a fonte se estragou, e os viajantes - os que não morreram de sede - tiveram que ocupar um outro local para se refrescar. E a casa da fonte ficou desabitada.
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