
Hoje meu dia foi um prato cheio para quem gosta de ter argumentos em favor da depreciação das segundas-feiras.
Hoje foi um daqueles dias em que a gente quer ficar em casa sem ver ninguém, sem conversar com ninguém, sem fazer nada na rua que tenha que olhar ou conversar com alguém.
Uma segunda-feira chuvosa.
Em Guaçuí não tem disso. Quando eu vou prá lá, nem tenho que ir para a rua; até mesmo porque eles entregam lanche em casa.
Não é um lache digno de rangão, por exemplo, mas quebra um galho.
Acordei às sete, pela senhora que veio passar roupa.
Logo fui no veterinário à 300 metros de minha casa para levar e buscar a minha cachorra então verminosa.
Custou cento e vinte reais.
Na verdade custou cento e vinte reais e noventa centavos, que o proprietário da pet shop, que ficou lá demorando e eu acabei que chegeui atrasado na aula por causa disso, acabou fazendo esse desconto.
Um verme saiu de sua boca. Era branco meio rosa-alaranjado comprido e úmido e nojento. Um terço do peso dela deve ser essas paradas aí.
Fui dar aula.
O filme rodou meia hora, travou e não voltou mais a passar.
A turma -nós- foi -fomos- liberada com meia hora de aula, que na verdade era uma transmmissão de um filme. Esse que não rodou.
Retornei.
Às dezesseis e pouco quase muito estava eu de volta em casa.
A cachorra dormindo.
O tempo cinzento.
O cinzeiro ao lado.
Do meu lado direito, assim. Mais ou menos em frente às caixinhas de som aqui do meu computador.
E às cinco e vinte escrevo esse texto.