sábado, 15 de outubro de 2016

Rsidência terapêutica feminina



Casa das mulheres – passei em frente à casa das mulheres por duas vezes, primeiro subindo a rua e depois, com um pouquinho mais de calma, voltando, quando subi a calçada e passei devagarzinho, observando-as. Aparentemente, umas seis moradoras se encontravam na área externa da casa, daquele jeito: cada uma em seu canto, sem interação entre elas. Uma especialmente me chamou a atenção, porque lembro bem dela da época do estágio no Adauto e em situações posteriores, a gente já chegou a interagir diversas vezes, mas não recordo de seu nome. Ela estava lá, sentada, bem quieta, certamente com auxílio da medicação que ela e as colegas devem estar tomando aos montes.

Então, pode ser bem melhor do ponto de vista da calma e tranquilidade da vizinhança e para o trabalho das cuidadoras que as moradoras estejam medicadas, mas podemos ter cautela e entender que o excesso de medicação pode também atrapalhar o processo de aquisição de autonomia destas moradoras. Aparentemente elas estavam dopadas, o que traz sossego e alívio, mas empobrece brutalmente as possibilidades destas moradoras participarem da gestão da casa, do corpo, da apropriação dos espaços da vizinhança.


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